Programas sociais e o mercado habitacional; entrevista com Elisangela Klosowski

Presidente eleito, Lula (PT) falou em campanha sobre a volta de programas sociais

Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sustentou em campanha promessas de retomar programas sociais e de ter o Estado com indutor da economia. Entre esses programas, o Minha Casa, Minha Vida é um dos mais conhecidos e conversa diretamente com o mercado de habitações. Sobre essa temática, o Paraná Poder conversou com Elisangela Klosowski. Ela é empresária e dona da London Real – Negócios Imobiliários.

Entrevista
Elisangela Klosowski da London Real – Negócios Imobiliários.

O terceiro mandato de Lula poderá retomar alguns programas, entre eles o Minha Casa Minha Vida, na sua avaliação qual o impacto de uma retomada no mercado habitacional?

Elisangela: O programa minha casa minha vida sempre atendeu muito bem o povo da classe B e C. Quem realmente precisava de uma casa; era possível. O salário poderia somar com todos da família e obter uma simulação. Assim, em varias situações famílias que ganhavam no máximo 7 a 8 mil se beneficiavam com o subsidio que chegava em até 17 mil reais. Se nesse novo governo voltar a ser desta forma, vai aquecer novamente as vendas destas casas e apartamentos para a família de baixa renda.

– O possível crescimento da oferta de unidades habitacionais que podem surgir com a retomada do programa, afetaria apenas as negociações envolvendo faixas de valores menores? ou é possível que impactem imóveis de valor mais elevado também?

Elisangela: Nos últimos 4 anos as vendas de imóveis com valores mais elevados estiveram bem aquecidas, imóveis inclusive de alto padrão, eu vejo que o mercado imobiliário não terá uma mudança radical neste ponto e sim vai aquecer mesmo o imóvel para pessoas de baixa renda, claro, se o novo governo voltar com o plano e subsidio.

E o mercado?

– Além do Minha Casa, Minha Vida, mudanças no setor de financiamento imobiliário, podem afetar também o aquecimento do setor de imóveis e construção?

Elisangela: Com o aumento da procura, a consequência é, construir mais, edifícios e casas com aquele tamanho medio de 50 metros, procurando atender o cliente que financia, sempre os planos da caixa foram muito bons para estas vendas, com isso os construtores iniciam os projetos e claro, gera mão de obra, vendas de materiais e esperamos um aumento significativo para atender este cliente, conheço bem e sempre vendemos muito para clientes de baixa renda, somos especialistas nisso, como é bom realizar o sonho de uma família a sair do aluguel para sua primeira casa.

– Pela sua experiência podemos esperar uma maior negociação de imóveis que já estão construídos ou também é esperada uma ampliação no mercado de novas unidades?

Elisangela: O plano de financiamento do atual governo também é bom, o que não se enquadra muito realmente é a entrada, em outros tempos tínhamos o plano que a entrada era baixa, mas como digo, em outros tempos, não vejo como lado politico e sim como o que temos de experiência nos outros governos, caiu as vendas, parou as construções, isso também pelo efeito da pandemia, lógico, Mas temos que ter esperança assim como quem procura estas casas ate 200 mil, sempre esperamos o melhor para nosso País, seja de um governo ou outro, queremos atender as famílias que querem realizar seus sonhos.

Gabriel Domingos

Bacharel em jornalismo pela Escola de Belas Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e premiado na 5ª edição do Prêmio Universitário Cabeça com o 1° lugar em pesquisa jornalística.

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