Pedágio chega ao fim no Paraná
Herança do governo Jaime Lerner, concessões chegam ao fim após 24 anos
Quem dirige pelas estradas do Paraná deixou de pagar o pedágio no final de semana de 26 a 28 de novembro. Desse modo, após 24 anos, as estradas do Paraná terão o primeiro final de ano livre da tarifa do pedágio.
Os contratos da, agora, antiga concessão foram feitos em 1997, no governo de Jaime Lerner. Desde então, as empresas e o governo do Paraná tiveram diversas brigas na Justiça. Por exemplo, na gestão de Roberto Requião, por várias vezes houve a recusa em aumentar o preço do pedágio. Dessa forma, o governo teve diversas ações contra si na Justiça e com as decisões a favor das empresas isso impediu o sucesso do lema “baixa ou acaba” de Requião.
O fim das cobranças
No momento do fim das cobranças, motoristas na BR-277 fizeram um buzinaço para ‘festejar’ as cancelas abertas.
A praça de pedágio mais cara do Brasil, de Jataizinho, próxima a Londrina, estava no grupo dos lotes 1,2 e 3, os primeiros a terem os contratos completos no Paraná. Assim, os motoristas deixam de pagar nessa praça valores entre 26 a 150 reais.
Para Ratinho Junior, o fim do pedágio foi um dia histórico. Segundo ele, o estado precisou entrar na Justiça para obrigar as empresas a fazer as obras do último contrato.
O governador prometeu uma tarifa mais barata para a próxima concessão.
Os serviços e o tráfego nas pistas
Após o fim das concessões as praças de pedágio ficarão fechadas até o início das novas operações. Dessa forma, o trânsito não será feito pelas faixas centrais e sim pelas pistas laterais.
Além disso, o Estado procura opções para os serviços como: ajuda médica, conservação das pistas e guinchos. No caso do auxílio médico, ficaram disponíveis quatro números: 193 do corpo de bombeiros, que é válido para rodovias estaduais e federais. Além desse, também está disponível o número 190 da polícia militar, o 191 para estradas federais e o 198 para as estradas estaduais.
Com relação aos guinchos, em um primeiro momento serão usados os recursos da Polícia Militar. Entretanto, o Estado busca edital para contratar esse serviço até o início das próximas concessões.
Para a conservação das estradas o Estado abriu licitações válidas por até dois anos ou até o começo das novas operações de pedágio. O valor total dessas licitações se aproxima dos R$ 100 milhões.
E quanto aos equipamentos do pedágio?
As empregas devem entregar um cronograma de devolução dos bens para que o Estado possa utilizar a estrutura. Entre esses bens estão ambulâncias e câmeras de controle das pistas. Além disso, a segurança física das praças de pedágio fica na responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas federais e da Polícia Militar (PM) nas estaduais.
Acordos judiciais
O Estado entrou com ações na justiça para que as empresas entregassem obras previstas em contrato. Além disso, após acordos, a Econorte e a Caminhos do Paraná manterão a prestação dos serviços mesmo com o fim das cobranças.
Em coletiva do governo para explicar os serviços após o fim do pedágio, o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, não descartou novos acordos.
As próximas concessões estão previstas para o ano de 2022.